Ausência de cores
Querem que você desista,
que nem tente, que nem arrisque! Inúmeras alegações atingem seus ouvidos, todas
querendo minar sua essência desbravadora, sua força vital.
Cuidado! Entregar-se
pode significar anular-se, apagar a luz e mergulhar na ausência de cores.
Resista! Concentre e
canalize energias no combate à benevolência e contra o submundo do desânimo.
Que seja de rápida permanência, para que as garras não finquem marcas profundas
em sua vontade.
A vida é uma sequência
de altos e baixos! A média foge da matemática fria dos números que apontam um
comportamento, constatam um momento, dão consistência à estatística. A média é
fornecida pela capacidade de superação!
Superar é ir além de uma
visão irreal da própria capacidade, mas saber-se capaz. E todos podem atingir
patamares bem mais elevados quando conscientes dessas perspectivas.
Inexiste o limite. Existem: o trajeto, a aventura do risco, a resistência
às tormentas e à dificuldade de encarar restrições plantadas na dureza dos
dias.
Afinal, como anda a sua contabilidade
nesse quesito? Aliás, você sabe o que é? Ou o confunde com ilusão, teimosia?
Murro em ponta de faca só machuca!
Deixe disso! Saiba que superar
é o enfrentamento dos demônios internos, sejam eles quais forem. Pode ser a penosa
missão de perdoar, pode ser um grito calado, pode ser uma mão que se recusa a
estender ao semelhante ou um negócio estratégico.
Tanto faz, porque você vence
um dia ao dormir e você se prepara para triunfar sobre um outro ao acordar. A trilha
é superação, um desafiar constante.
É para os fortes, no
entanto também para os fracos, os deprimidos que esperam sedentos por transformações.
É para os que vibram nas menores conquistas, não se apropriam das grandes
vitórias. Ao contrário, a compartilham com cada um que fez parte da história.
É o último estágio do
agradecimento, o maior gesto de gratidão possível para um ser exagerado em
alternativas e tão frágil em seus conflitos.
É iluminação para uma alma desgastada, descolorida e infeliz. A porta que abre a passagem para sua verdadeira humanidade. Quase sinônimo de felicidade!
Trecho do livro "Pensar para sair do lugar - As vertentes da vida"